Projeto do Núcleo de Educação e Atenção em Saúde orienta sobre descarte responsável de medicamentos

Projeto do Núcleo de Educação e Atenção em Saúde orienta sobre descarte responsável de medicamentos
30 de agosto de 2019

Como parte das ações do Núcleo de Educação e Atenção em Saúde (NEAS) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), um grupo de nove estudantes do Curso de Farmácia da Instituição está orientando a comunidade universitária sobre como fazer o descarte adequado de medicamentos. O projeto “Descarte correto e responsável de medicamentos” integra o Programa Educação e Prevenção ao Uso de Álcool, Tabaco e outras Drogas (PEPAD) e, para sua execução, a equipe instalou uma caixa para coleta dos resíduos sólidos no hall da Central de Integração Acadêmica, no Câmpus de Bodocongó, em Campina Grande.

Nas quartas e quintas-feiras, os participantes se revezam no local para orientar os estudantes, técnicos e professores que circulam pelo espaço a depositarem o medicamento nos locais corretos, quando forem descartar este tipo de produto. O material coletado ao longo da semana é recolhido e encaminhado para a Secretaria Estadual de Saúde, que fica responsável pelo descarte definitivo.

A pretensão dos organizadores do projeto, é levar a iniciativa para outros espaços da UEPB e também para fora da Instituição, a exemplo de locais como o Terminal de Integração de Passageiros, o Centro de Cultura e Arte da Unievrsidade, o Centro de Cultura Lourdes Ramalho, o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), além de uma escola no bairro da Catingueira. Todos esses locais já são assistidos por outras ações do NEAS.

Coordenadora do projeto, a professora Clésia Pachú explica que o descarte correto de medicamentos é necessário, já que “a população vive um momento de polifarmácia”. Ela observa que muitas pessoas chegam a utilizar entre 10 e 15 medicamentos, mas não sabem onde descartar adequadamente os remédios, fazendo o descarte em pias, vasos sanitários, plantas e no lixo comum, o que pode causar danos à saúde pública.

Clésia destaca que o desenvolvimento da ciência foi excepcional para a saúde da população, porque busca a descoberta de novos tratamentos para melhorar a qualidade de vida e diminuir os índices de mortalidade em todo o mundo. Desta forma, novas fórmulas são criadas e, consequentemente, ocorre o aumento na venda dos medicamentos, sejam eles prescritos ou aqueles adquiridos sem prescrição médica, os quais contribuem de forma significativa para a abundância deles nos domicílios.

Os riscos gerados pelo descarte incorreto destes produtos envolvem contaminação do solo, das águas e de lençóis freáticos, o que se torna um grande desafio para as estações de tratamento da água. Além disso, os catadores de materiais recicláveis são alvos vulneráveis ao descarte inapropriado, pois podem jogá-los diretamente no solo para reciclagem das embalagens ou até mesmo consumi-los de forma inadequada.

Texto: Severino Lopes
Fotos: Givaldo Cavalcanti