Atuação do profissional de Educação Física no SUS é debatido na abertura do 8º Colóquio Corpo, Cultura e Sociedade

Atuação do profissional de Educação Física no SUS é debatido na abertura do 8º Colóquio Corpo, Cultura e Sociedade
29 de agosto de 2019

Desenvolver competências inseridas na proposta de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil é um dos desafios para a atuação dos profissionais de Educação Física. E as reflexões sobre essas questões foram abordadas durante a abertura do 8º Colóquio Corpo, Cultura e Sociedade, na manhã desta quinta-feira (29), no Auditório do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Bodocongó. O evento reuniu estudantes e professores que dialogaram sobre a Educação Física e o SUS, a partir dos aspectos da Saúde Coletiva em programas do Governo Federal, bem como a atuação do educador físico na Atenção Básica.

A mesa de abertura foi coordenada pela professora Giselly Félix Coutinho e contou com as explanações das professoras Dóris Nóbrega e Kathleen Vasconcelos. Sobre os aspectos da Saúde Coletiva, a professora Kathleen abordou o conceito do modelo biomédico adotado no Brasil, além de discorrer sobre as práticas direcionadas para a promoção da saúde e cuidados aos agravos de doenças, não apenas aos indivíduos, mas principalmente aos grupos sociais.

A docente ainda destacou o contexto atual do Sistema Único de Saúde, classificando o momento desse aparelho como de involução civilizatória, pelo desmonte das políticas sociais e da seguridade social no Brasil, destacando não apenas o subfinanciamento do SUS, mas seu desfinanciamento. “Com a proposta da Emenda 95, que congela os gastos na Saúde, o cenário é de limitação de atendimento, exames e consultas. Por outro lado, a população continua envelhecendo e necessitando de um serviço que não está em pleno desenvolvimento”, argumentou a professora.

Já no campo do debate sobre a formação superior em Educação Física, a professora Dóris Nóbrega destacou a atuação desses profissionais nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), criados para ampliar a abrangência das ações da Atenção Básica de Saúde. De acordo com ela, o profissional de Educação Física pode contribuir nessas questões, planejando e executando trabalhos em áreas estratégicas de promoção e atendimento em Saúde. “Temos possibilidade de construir projetos com foco em ações de prevenção e promoção de Saúde e sua resolutividade”, disse.

Também foram abordadas questões referentes ao PET Saúde Interprofissionalidade, envolvendo a UEPB e a Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG), que engloba atividades de ensino, serviço e atenção às comunidades, com práticas colaborativas de professores e estudantes de Educação Física e outras áreas da Instituição. O reitor da UEPB, professor Rangel Junior, participou da abertura do colóquio e salientou a relevância de se discutir assuntos que contribuem diretamente na melhora da qualidade de vida da sociedade.

Também participaram do evento a diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), professora Alessandra Teixeira; o pró-reitor de Infraestrutura, Álvaro Luís Farias; a coordenadora do curso de Bacharelado em Educação Física, Anny Sionara Moura; e os professores Iraquitam de Oliveira e José Damião Rodrigues.

O 8º Colóquio Corpo, Cultura e Sociedade é promovido pelo Laboratório de Estudos sobre Corpo, Estética e Sociedade (LAISTHESIS), com parceria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Suas atividades continuam na tarde desta quinta, com comunicações orais e oficinas pedagógicas, realizadas no Departamento de Educação Física. Na sexta-feira (30) será realizada mais uma mesa redonda, pela manhã, e o encerramento das comunicações orais e oficinas, à tarde.

Texto e fotos: Givaldo Cavalcanti