UEPB abre consulta pública sobre Minuta de Resolução que estabelece normas para atividades não presenciais

9 de junho de 2020

A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) está divulgando, para consulta pública, Minuta de Resolução que altera o calendário acadêmico 2020.1 e estabelece normas para a realização de componentes curriculares, bem como outras atividades de ensino e aprendizagem, orientação, pesquisa e extensão, por meio de atividades não presenciais, na graduação, pós-graduação e no ensino Médio/Técnico, excepcionalmente, durante o período de pandemia da Covid-19.

O documento proposto pode ser acessado, na íntegra, clicando AQUI. A comunidade universitária em geral pode enviar suas sugestões e contribuições sobre a Minuta para o e-mail sods@uepb.edu.br, até as 23h59 da próxima segunda-feira (15). A versão final do documento seguirá para apreciação e votação em reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Universidade, no dia 18 de junho.

A Minuta de Resolução considera a urgente e excepcional necessidade de adotar medidas destinadas a conter a disseminação da Covid-19, estabelecendo orientações e prioridades para ações de mitigação de risco e descontinuidade/continuidade de atividades essenciais, bem como diversos documentos de âmbito federal e estadual, além de portarias e instruções normativas institucionais.

Também leva em consideração a necessidade do estabelecimento de normas para realização de atividades não presenciais de ensino, pesquisa e extensão no âmbito da Universidade, por meio de plataformas digitais e virtuais, bem como a reorganização do Calendário Acadêmico, ante o cenário de suspensão das atividades presenciais e de incertezas quanto ao avanço da pandemia de Covid-19 no Estado e no País.

Na apresentação da Minuta de Resolução, o pró-reitor de Graduação da UEPB, professor Eli Brandão, destaca que “diante da impossibilidade de prever com segurança o tempo das atividades acadêmicas presenciais por conta da pandemia de Covid-19, temos a consciência de que precisamos empreender, desde já, o esforço possível para garantir a continuidade do processo de ensino e aprendizagem, apesar das circunstâncias adversas, mas também graças aos recursos tecnológicos de informação e comunicação, pois algumas consequências se apresentam no horizonte”.

Ele ressalta que, mesmo em um eventual retorno às atividades presenciais, sabe-se que as grandes dificuldades enfrentadas para repor a integralidade das aulas suspensas projetam um prejuízo que se estenderá para 2021 e, eventualmente, também para 2022. Segundo o pró-reitor, a longa paralisação, sem a continuidade da sequência de componentes curriculares, poderia gerar retrocessos do processo educacional e da aprendizagem dos estudantes. Eli ainda enfatiza que a submissão a longo período sem atividades educacionais regulares de formação profissional afeta psicologicamente as expectativas de realização pessoal, que podem gerar desestímulo e evasão.

“Professores e gestores de instituições educacionais públicas não podem aceitar com naturalidade, nem apenas contemplar, inertes, estudantes perderem seis meses ou até um ano de suas vidas sem prosseguir em sua formação profissional”, salienta Eli Brandão, acrescentando que a Minuta procura incorporar sugestões recebidas de várias unidades acadêmicas e tem em vista a garantia das atividades que estão em processo, a possibilidade de acréscimos de novos componentes e a realização dos componentes práticos no retorno às atividades presenciais sem aglomeração.

No calendário proposto na Minuta, um período é reservado para a realização de cursos de formação continuada de docentes e discentes, bem como para a busca de garantia de acessibilidade aos estudantes com fragilidade social. “Entendemos que não podemos abrir mão do planejamento e da qualidade do processo educativo. O desafio é o de irmos incorporando, de forma sempre reflexiva, os recursos digitais de informação e comunicação ao cotidiano da prática pedagógica docente, levando em conta os aspectos positivos que os mesmos propiciam ao processo de ensino e aprendizagem”, comenta o pró-reitor.

Texto: Tatiana Brandão