Metodologias de práticas em Saúde integram nova formação do PET Interprofissionalidade

16 de setembro de 2019

A Universidade mais próxima da comunidade, com a missão de ajudar a diagnosticar problemas estruturais, intervir na realidade e gerar qualidade de vida. Essa tem sido a função desempenhada pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET) Interprofissionalidade, desenvolvido pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande (SMS/CG), e que, nesta segunda-feira (16), realizou sua quinta formação, com o tema “Educação em Saúde e Metodologias Participativas de Trabalho com Grupos”.

O evento foi desenvolvido no Auditório do Departamento de Psicologia, no Câmpus de Bodocongó, e reuniu mais de 60 pessoas, entre professores, estudantes e profissionais de saúde que atuam nas diversas unidades da rede de Saúde de Campina Grande. As boas vindas aos participantes foram dadas pela coordenadora geral do PET, professora Rilva Suely, do Departamento de Odontologia, que elencou as principais atividades já desenvolvidas pelo programa na busca pela melhoria da saúde no município de Campina Grande, bem como na formação dos futuros profissionais da área.

Rilva enfatizou que um dos objetivos do PET Saúde é a capacitação dos seus participantes e a disseminação de conhecimentos em torno dos conceitos teóricos e metodológicos da interprofissionalidade em Saúde. “O aluno da área de saúde necessita deste conhecimento interprofissional como uma prática colaborativa de grande potência para o exercício e o desempenho do seu trabalho futuro”, destacou.

A estudante Antares Silveira Santos, do Curso de Odontologia, participa do programa desde o começo e revelou que a experiência tem sido gratificante, por aproximar a Universidade da comunidade. Ela disse que o programa propicia aos alunos vivenciar ações concretas que a graduação não permite, o que enriquece na formação profissional. “É um trabalho abrangente, que permite ao aluno vivenciar a prática do serviço público na Saúde. O diferencial desse programa é que o PET proporciona a atuação em conjunto das diversas áreas da saúde”, frisou.

A primeira mesa redonda da formação teve como tema “Trabalho com Grupos na Estratégia Saúde da Família: Contribuições da Educação Popular em Saúde da Promoção da Saúde”, com as debatedoras Valquíria Nogueira, professora da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e Kathleen Vasconcelos, da UEPB. Elas discutiram a educação popular como possibilidade de diálogo com as práticas grupais para serem aplicadas nas Unidades Básicas de Saúde. Para as docentes, a educação popular surge como uma possibilidade de nortear e ser um trabalho de mediação pedagógica com os grupos do PET, tomando como ponto de partida a experiência e a realidade da comunidade.

O evento seguiu na parte da tarde, com um “Momento de alongamento e relaxamento” e as oficinas participativas “Tenda do Conto”, “Terapia Comunitária”, “Teatro do Oprimido” e “Arte Terapia”. A formação será encerrada com uma plenária. O PET Saúde Interprofissionalidade na UEPB começou a funcionar oficialmente em abril deste ano e, ao longo desses primeiros meses, tem realizado ações em cinco unidades de saúde de Campina Grande, em distritos sanitários diferentes.

Em suas visitas, a equipe faz uma espécie de diagnóstico dos serviços realizados nos postos de saúde e procura apresentar sugestões para melhorar a qualidade da assistência à comunidade. Nesse primeiro semestre, os alunos do PET concluíram uma ação de territorialização. O grupo diagnosticou todo o território que envolve a área de abrangência da unidade de saúde de Bodocongó, detectando fragilidades, potencialidades, pontos de cultura e equipamentos sociais. A partir desse diagnóstico, feito na perspectiva de um trabalho colaborativo, a equipe começou a montar um planejamento de ações a serem desenvolvidas na localidade.

Concebido dentro do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), o PET é formado atualmente por 63 pessoas, sendo 11 professores e mais de 30 estudantes bolsistas dos cursos de Odontologia, Enfermagem, Farmácia, Psicologia, Fisioterapia e Educação Física; Serviço Social, além de 18 preceptores que são profissionais da Secretaria de Saúde.

Texto: Severino Lopes
Fotos: Givaldo Cavalcanti